quinta-feira, 31 de maio de 2007

Pegadas no cimento

Será pura distracção? Será complexo hollywoodesco? Será uma tentativa de deixar uma marca para os arqueologos do futuro?

Alguém devia estudar a fundo a origem das pegadas que existem sempre, sempre!, no cimento colocado de fresco...

I wonder...

Alguma vez aquela vozinha nos shoppings que "pede ao proprietário do veículo com a matrícula XX-XX-XX para chegar junto do mesmo com a máxima urgência" tem boas noticias para dar?

Dos motoristas e dos golpes de demência

Quando se viaja nas chamadas camionetas da carreira (ou caminetes como são muitas vezes referenciadas), habituamo-mos a lidar com as especificidades de cada um dos seus motoristas. É nas mãos destas pessoas que nos colocamos diariamente, com confiança de que chegaremos sem sobressaltos aos mais variados destinos.


Ora dito isto há que entender que estes senhores são pessoas que basicamente andam as voltas todo o dia! Todos os dias eles fazem o mesmo percurso de lá para cá, de cá para lá, de lá para cá novamente, and so on and so forth... O que me leva a indagar seriamente sobre a sanidade mental destes individuos, e sobre o nível de demência pura que lhes deve assolar a mente.

Tudo isto porque o motorista do costume, que responde aos "bom dia" com um grunho (quando responde) e que nunca, note-se bem, nunca!, sequer um mini-sorriso esboça, hoje não só me respondeu como olhou para mim e sorriu! Sorriu mesmo a mostrar os dentes e assim...

Confesso que momentaneamente fiquei aterrorizada. E durante a viagem imaginei-o muitas vezes a soltar uma daquelas gargalhadas de loucos (uma espécie de uahh uahh uahh maléfico) e carregar no acelerador em direcção a uma ravina.

Sobre a inocência das crianças

Vamos ser realistas: Ninguém está de bom-humor de manhã! Ninguém acorda cedo, com chuva lá fora, e pensa "hmmm... isto o que me estava a apetecer agora era sair de casa, apanhar transportes publicos, ficar preso no transito e passar 9 horas a trabalhar..." E aos que pensam realmente isso (se é que tais pessoas existem) permitam-me a insolência mas sois uns idiotas!

Dito isto há que apontar aquela que me parece ser a unica excepção permitida á regra: as crianças.

É vê-las manhã cedo a correr, a rir, a fazer palhaçadas a completos desconhecidos. Sono? Isso não se usa quando temos 4 anos. Basicamente porque podemos dormir sempre que queremos. Alguém é capaz de negar uma sesta a uma criança?

Tá certo que há sempre aquelas que vão a dormir muito descansadinhas no colo da mamã/papá (inveja!!!) ou aquelas que vão amuadas todo o percurso do metro porque não puderam ser elas a carregar no botão para as portas abrirem; normalmente são as mesmas que correm para a porta na hora de sair e põe logo a maozinha a cobrir o botão, para ninguém mais ousar privar-lhes do prazer de carregar nele.

Ora hoje, por volta das 8.15 da manhã tive o prazer de viajar no metro com um puto, que não teria mais do que 3 anos, e que conseguiu, sem qualquer esforço para tal, roubar-me um sorriso. E não é um daqueles sorrisos forçados que trocamos com as pessoas, embora desconhecidas, com as quais nos cruzamos na rotina do dia a dia. Falo de um daqueles sorrisos a sério. Daqueles que fazem bem a alma e que exercitam a bochecha :)

O metro estava cheio, não o suficiente para viajar feito sardinha em lata, mas o suficiente para não haver lugar sentado. Era um dos grandes com 2 carruagens (quem conhece o metro do Porto sabe do que estou a falar) e a falta de melhor lugar fiquei posicionada mesmo encostada a porta que dá acesso a cabine do motorista, vazia por sinal já que iamos na segunda carruagem. Ao meu lado lá ia o tal puto, que minutos antes tinha andado a correr de um lado para o outro na estação, e portanto deveria ser, no meio de dezenas, a pessoa mais acordada e com mais energia.

De repente os olhinhos arregalaram-se, ele olhou espantado para a cabine vazia, olhou para mim, depois para a mãe, e com excitação, e quiçá algum pânico, na voz exclamou: "Ah... o meto anda sozinho!" A mãe lá lhe explicou que não, que o senhor motorista estava a conduzir mas ia na carruagem da frente... e ele, com um ar um pouco desiludido e já sem grande fascinio pela conversa respondeu com um "tá bem" e voltou a brincar com o carrinho que tinha na mão.

Nota post scriptum

Apercebo-me agora que:

1) este post está um tiquinho (também se pode dizer um niquinho, ou um coche) lamechas...

2) a palavra quiçá é pouco usada da linguagem portuguesa... e é uma pena...

Infantilidades...

Mais alguém solta um risinho idiota quando o locutor do rádio diz-nos que "há bichas no sentido Norte-Sul" ou sou mesmo só eu?

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Porque a perfeição existe...

Diana Krall - Devil may care

Maldito sejas sindicalismo!

Nada contra os sindicatos, as reivindicações, as palavras de ordem gritadas em uníssuno em frente da assembleia da republica e cenas assim, mas uma greve geral é coisa que me chateia. A mim e a qualquer pessoa que na realidade não faz greve. Porque somos nós (trabalhadores satisfeitos ou os já resignados) que temos de arcar com as consequencias do evento.

Balanço da greve até ao momento:

O autocarro do costume de manhã nem vê-lo! 15 minutos na paragem a espera de outro.

Estação de metro a abarrotar, pessoas com o habitual bom-humor matinal a barafustar porque estão a espera a muito tempo, e porque "isto é uma vergonha" . Metro cheio... tão cheio que por segundos penso que não vou conseguir.
Consegui. Espalmada contra a porta com a mala de uma senhora a espetar-me nas costelas, mas consegui.

Acabado o suplicio da viagem, faço o percurso para o trabalho em passo acelerado porque está quase na hora. Sou forçada a dispensar da tão necessária dose de cafeína matinal porque não há tempo para esses devaneios. Tá-se mesmo a ver que vai ser um dia bem passado...

Chego ao trabalho: são 8.57 horas. Ufa, safei-me. E fui a primeira a chegar!

Enfim...

O primeiro custa sempre

Como diz o ditado popular: Para tudo há uma primeira vez!

Este é o primeiro post deste blog onde divagarei sobre basicamente.... ainda não sei bem o quê...