quarta-feira, 2 de julho de 2008

Dar banhos a gatos - o mito desmistificado

A Nikita tomou banho hoje. Em toda a vida dela este foi o segundo ou terceiro banho, e sem dúvida que os outros, tinha ela uns 4 meses, não foram tão históricos.

Vamos por partes: gatos de apartamento não precisam de banhos. Pouco se sujam, e tratam de se limpar a boa e velha maneira ancestral...
Mas está a chegar o calor, e o pêlo a mais torna-se desconfortável, pelo que nos ultimos dias a minha gata tem feito o que se pode designar como o mais lento striptease da história da humanidade. Resultado: tufos de pêlo em todo o lado.

Primeiro raciocinio da minha parte: há que escovar o pêlo, para tirar o excesso. Comecei por aí. Com uma escova própria para o efeito lá comecei a escovar. Depois de meia hora já tinha acumulado pêlo suficiente para encher um edredon para o inverno, já estava a ficar com o braço dorido e o pêlo continuava a sair como se não houvesse amanhã.

Segundo raciocínio (i'm pleading temporary insanity!): Vou-lhe dar um banho!

Tudo organizado, 2 toalhas, o champô, encher o bidé de água morna (nunca na vida sobreviria se a tentasse levar para a banheira), cortar-lhe as unhas (muito importante, nunca esquecer este pormenor) e pronto... está na hora.

Chama-se a Nkita e ela, na sua inocência, lá me acompanha a casa de banho. Depois é tudo uma questão de rapidez. Apanha-la desprecebida e quando ela nota já está coberta com água e a levar com doses generosas de champo aloé vera pelo corpo. Esfrega esfrega esfrega rápido porque ela já caiu em si e já está a agarrar tudo o que consegue para escapar (mais uma vez reforço: abençoadas as unhas cortadas). 5 minutos depois está feito.
A casa de banho está coberta de água em todas as superfícies, chego a conclusão que 1 das toalhas estava localizada no centro do tsunami e está inutilizada, todo o meu corpo é uma enorme amálgama de bocados de pelo, champo e água, e a gata está com o ar mais desolado que alguma vez lhe vi.

Enrolo-a na toalha que sobra, ela como ainda está em choque deixa-me limpá-la e fazer-lhe miminhos como se fosse um bébé, e prontos...

Quer-me parecer que nunca na vida a nossa relação será a mesma. Mas tenho esperanças que ela me possa perdoar.

Ah, a propósito: Nada disto resultou em nada. Os tufos de pêlo continuam a surgir por toda a casa, mas agora pelo menos são mais branquinhos ainda e cheiram a aloé vera!

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